Arte e Manhas da Tia Lili

Rumo a Curitiba (e o que vai ficar no Ateliê)

Vejam só o que mais o patchwork pode nos proporcionar, além do prazer de fazê-lo. Nessa semana que se inicia estamos seguindo para Curitiba, uma das mais belas cidades do Brasil, para participar do evento Quilt & Craft Show, segunda edição.

Conhecemos a cidade no ano passado, quando participamos do primeiro grande sucesso desse evento lindíssimo, com grande número de expositores, stands maravilhosos e corredores largos e confortáveis, mesmo com o grande número de visitantes. Esse ano promete ser ainda melhor, porque com o feriadão muitos paulistas estão seguindo pra lá, pra ver a feira, visitar os pontos turísticos da cidade e se despedir do inverno em grande estilo.

Claro que estamos levando muitas novidades em tecidos, projetos, livros, revistas e acessórios - serão mais de 400 m de tecidos importados e uma variedade de 150 kits de tecidos nacionais! Nosso espaço esse ano é maior e estaremos bem na entrada da feira, nos stands 54/55. Veja no fim do post detalhes sobre o evento, que começará já na quarta-feira, dia 5.

No Ateliê deixo alguns WIPs (Work In Progress, ou projetos em andamento), dentre eles a minha (errada) versão do Granny Square. Montei alguns e olhava, olhava para eles, intrigada porque alguma coisa não estava de acordo com o desenho dos quadradinhos de crochê, aqueles coloridinhos que aprendemos a fazer na nossa infância. Então, PIMBA!! Percebi o que era.

Quando essa semana resolvi retomar o projeto, fui conferir no blog da Jolene, que foi quem começou com essa história de Granny Square e está sendo seguida por milhares de quilters pelo mundo afora. Vocês podem ver pelas fotos o bloco central que é o modelo certo. Mas achei lindos os outros também e montei um painelzinho que vai ficar no meu ateliê lá de casa.

O bloco é tão gostoso de fazer que vou continuar a montá-los, para uma colcha, talvez (já tenho muitos blocos certos prontos). Quando voltar de Curitiba farei um tutorial com meu método para costurar os quadradinhos de forma bem rápida.

Minha colcha Coisas de Menina também está progredindo e acredito que logo consigo terminá-la. O quilting dos paineis que mostrei no post anterior já está finalizado e já tenho um trabalho novo na Longarm (a bateria da minha máquina resolveu acabar bem na hora de fotografar a colcha e os painéis, que pena...).

E estou deixando também alguns... espere, o que é isso?

Parecem montinhos de scraps minúsculos!? Irão para o lixo assim arrumadinhos? Não, vou guardá-los para um projeto que só farei daqui a algum tempo, quando tiver scraps assim, de muitas, muitas cores. Eu os estou guardando em potes de vidro e estão ficando lindos. Compota de vários sabores nas prateleiras do Ateliê. Coloco as sobras na placa de corte e passo o cortador em todas as direções, para deixá-los ainda menorzinhos.

Guarde os seus também, que prometo que vai valer a pena. Vou esperar vocês em Curitiba, mas o Ateliê permanecerá aberto de segunda a quinta, no horário normal de funcionamento (das 9h às 18h). No sábado, devido ao feriado do dia 7 no dia anterior, o Ateliê não abrirá.

Quilt & Craft Show 2012
Quando: de 5 a 8 de setembro de 2012
Horário: das 13h às 20h (no dia 8, o evento terminará às 18h)
Local: Expo Unimed Curitiba
    Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 – Campo Comprido (veja como chegar)
Ingressos: R$ 10,00 inteira, R$ 5,00 meia; ou R$ 30,00 o passaporte para os 4 dias de evento 

Beijos e até a próxima,
Eliana "Tia Lili" Zerbinatti 

Organização, capítulo 1

Recentemente fiz algumas mudanças no meu ateliê e fiquei surpresa com a melhora de rendimento do nosso trabalho (meu e da Elisangela, minha irmã, que trabalha aqui comigo). Não, eu definitivamente não sou bagunceira, mas no corre-corre diário às vezes ia deixando alguma coisa pra arrumar depois e pronto: estava iniciado o caos. Agora cada coisa tem o seu lugar e cada lugar tem sua coisa. Nós nunca, nunca deixamos nada para ser guardado mais tarde, e então, essa é a primeira dica e uma das mais importantes: guarde todo o material assim que não estiver mais usando.

Manter tudo arrumado e ter um lugar certo para cada ferramenta ou acessório é garantia de agilidade, além de dar mais ânimo na hora de iniciar um projeto. Vale lembrar que se você tem tudo sob controle, também sabe com certeza se tem ou não algo de que precisa e não terá que ir às compras sem necessidade. 

Detalhe do armário da Inês

As caixas plásticas são as campeãs de preferência para armazenagem e isso é compreensível, porque são baratas, fáceis de encontrar e existem em inúmeros tamanhos. É fácil achar uma caixa com o tamanho exato para cada item e a transparência ajuda muito na hora de encontrar o que se procura.

Existem gaveteiros plásticos de vários tamanhos, inclusive aqueles maiores, com rodinhas, que se encaixam facilmente em baixo de mesas ou bancadas e são ótimos para guardar tecidos. Os de mesa servem para pequenos objetos, como agulhas sobressalentes e outros acessórios da máquina de costura, para carreteis, retroses e bobinas, para botões, colchetes e alfinetes, etc. Eu tenho um bem interessante, que é empilhável e apenas o de cima tem uma tampa com alça. Guardo neles minhas linhas para quilting, separadas por tipo (para quilting à mão ou à máquina, de algodão, de seda, de poliéster, metálicas, monofilamento ou de nylon). Em outro igual, guardo botões, colchetes e pequenos recortes de madeira. Os meus foram comprados em um desses catálogos de compra (Avon), mas sei que estão à venda também em lojas do tipo "R$ 1,00".

Aliás, uma dica importantíssima: o melhor lugar em São Paulo para se comprar caixas, gaveteiros e qualquer outra peça de plástico é a região do Pari (Rua Vautier e redondezas).

Gaveteiro com tecidos. Da Marina.

Tenho na parede um desses "cabides" de metal, com vários ganchinhos para colocar linhas, mas só deixo algumas nele: as que estou usando nos projetos em que estou trabalhando. Não aconselho que todas fiquem assim armazenadas, porque tomam pó e envelhecem antes da hora (sim, as linhas tem validade).

Como já disse antes, Freud deve explicar nossa paixão por caixas, latas e frascos, mas se ele não explicou, com certeza entenderia o motivo. Latas de biscoito (algumas especialmente bonitas), caixas de chocolate ou frascos que embalaram qualquer coisa podem vir a servir a dois propósitos inteligentes: guardar coisas e preservar o meio ambiente. Eu e várias pessoas que conheço arrumamos algumas coisinhas em caixas plásticas de chocolates Ferrero Rocher. Os retroses de linha cabem certinho dentro deles, deitados, de forma que a visualização fica excelente. Estão vendo? É por isso que compramos tantos chocolates... É por uma boa causa, oras!!

E cuidado para não jogar fora as divisórias que vem dentro de algumas caixas e latas, porque elas podem servir para separar e classificar os itens que guardaremos nelas. Falando nisso, existem agora umas divisórias tipo colmeia para serem colocadas em gavetas de meias ou lingerie e que podem ser cortadas para caberem em qualquer caixa ou gaveta. São ótimas para separar nossas miudezas (vocês encontram em lojas como Etna, Tok Stok, Leroy Merlin, etc).

Caixas forradas com chita. Da Alba.

Outra coisa que guardo são as caixas de sapato. Não todas, mas as melhores e mais resistentes, que depois encapo com lindos papéis ou com tecidos. Nessas eu coloco os meus WIPs (Work in Progress - Projetos em Andamento). Assim, tudo que pertence a esse projeto fica seguro e não corro o risco de usar algo ou algum tecido que comprometa a finalização. Nessas caixas costumo colocar saches de cheirinhos diversos (mas disso ainda falaremos em um capítulo especial). Uma providência do tipo, e que cumpre dupla função, é colocar talco nas latinhas onde guardo minhas agulhas ou alfinetes. Fica sempre um cheirinho bom e as agulhas ficam preservadas, livres da ação do suor das mãos.

Caixas plásticas são opção ideal para quem tem e para quem não tem um espaço específico para trabalhar ou para guardar seu material. Elas podem ser largas e compridas, mas baixas o suficiente para ficarem em baixo da cama e podem conter tecidos e até mesmo as outras caixas com os demais acessórios.

Bem, esse é apenas o primeiro  de vários capítulos. Se você está ensaiando para começar a arrumar o seu cantinho, uma última dica: serão poucos, mas muito bem aproveitados os dias que você terá que dispor e depois disso sua vida nunca mais será a mesma. Ateliê organizado é sinônimo de produtividade.

Detalhe do armário da Marina.

No próximo post falaremos sobre móveis que podem ser usados e de cantinhos de trabalho especiais (em quartos, sala, sala de jantar, quarto de empregada, etc).

As fotos deste post são da Maria Inês (uma inspiração quando se trata de organização), da Alba e da Marina. Vejam a ideia brilhante da Inês, que usou um desses porta-condimentos para colocar botões e outras coisinhas. Útil e decorativo, não acham? São encontrados em lojas de presentes e de artigos para a casa: 

Porta-condimentos. Da Inês.

Organização do nosso "Quartinho de Costura"

Ouvi muita gente, olhei muitos sites e blogs e, claro, tenho minhas próprias dicas: depois de tantos anos costurando e de ter me instalado em tantos lugares diferentes, apropriados ou não para receber uma "sewing room" (ou um quartinho de costura, como costumamos chamar por aqui), organizar essa área passou a ser um hobby.

O assunto é dos melhores e mais interessantes porque quem não consegue ser organizado quer ser. e quem é, não perde uma boa dica por nada. Qualquer boa ideia que apareça é recebida com entusiasmo, porque (Freud explica?) amamos arrumar nossos tesouros e tornar nosso espaço de trabalho o mais funcional possível. Cada caixa, lata ou frasco que nos cai nas mãos já nos faz pensar na mesma hora que ela certamente vai servir direitinho para colocar um dos nossos muitos apetrechos, ferramentas ou acessórios.

Tenho certeza de que mesmo se for um iniciante, qualquer quilter tem já uma grande quantidade de objetos imprescindíveis para dar vazão à sua criatividade. Muitas de nós costura apenas como hobby, no seu tempo de lazer, mas muitas (como eu, reconheço) têm a vida girando em torno desse mundo tão espetacular e tão vasto e passa muito tempo visitando blogs e sites, se relacionando com outros quilters e, por isso mesmo, sabe de tudo que há disponível no mercado ou do que é lançado pelas empresas que atuam no setor.

E assim começam as coleções. De paninhos, de livros, revistas e projetos, de ferramentas e acessórios, de botões, de linhas, de "embellishments" e de muitos outros tesouros (estou me repetindo mas esse é o termo que melhor traduz o que significam todos esses itens para nós).

E quanto mais aumentam nossas coleções, maior fica nossa necessidade de espaço. Quando dispomos dele, ótimo, mas quando não, e a grande maioria dos quilters não dispõem, precisamos apelar para a criatividade para improvisar a armazenagem, sem perder funcionalidade. E tem que ficar tudo muito bonito e charmoso.

Tenho muitas imagens e dicas para quem costura em um canto qualquer da casa, desde a mesa da cozinha ou da sala de jantar, de um quarto e até de armários que quando abertos são o quarto de costura e fechados escondem toda a bagunça. São dicas inteligentes e baratas, que aproveitam materiais disponíveis no nosso dia a dia e que podem ser reciclados, decorados e transformados.

Nos próximos posts será esse o nosso assunto: Dicas de organização, para ter um quarto de costura funcional e inteligente. Mesmo que você seja aquele quilter que precisa "armar e desarmar o circo", toda vez que vai costurar.

Beijinhos e até a próxima!
Eliana "Tia Lili" Zerbinatti

Ah! Apenas avisando: hoje, por volta de 11h30, estarei ao vivo dentro do programa Manhã Gazeta, na TV Gazeta daqui de São Paulo (canal 11).

Que tal um Panô para a mamãe?

UAU!!! Essas duas últimas semanas foram incríveis!! Foram tantas coisas boas acontecendo ao mesmo tempo, tanta gente linda que nos visitou... Não paramos um minuto sequer e até ficou difícil baixar as fotos e fazer um post aqui, mas isso vai ser solucionado em breve, porque estamos nos preparando para iniciar uma nova etapa, com posts quase que diários, newsletters (boletins Informativos), "free patterns" e muitas, muitas novidades.

No Facebook já estamos muito ativos, com postagens de fotos e receitinhas de projetos, além dos nossos videos com técnicas e com nosso projeto sampler, o BOM 2011, que está BOMbando. O mais novo vídeo esta logo abaixo - e atenção para baixar a terceira parte da receita do bloco (Aunt Eliza's Star)

Abaixo, vejam algumas das fotos que tiramos durante a semana do Evento Casa Aberta, um sucesso graças aos nossos amigos da Marbor e Janome, Telanipo, Editora Minuano, Patch&Afins, Pegorari, às alunas e aos amigos que fizeram questão de vir nos visitar para rever ou para conhecer a nova loja.

 

Foi muuuuuito bom. Tanto que queremos repetir mais vezes no ano e não só nessa semana, que, aliás, já está se tornando tradicional. Para mais fotos, vejam a galeria na minha página no Facebook. Aliás, já "curtiram" a página do ateliê por lá?

Abaixo, um novo trabalho especialmente para as namães, cuja Pattern estamos disponibilizando gratuitamente. Sim, é Free. E terá kit com tecidos, pra quem quiser, lá na loja virtual. Ainda dá tempo de fazer para presentear a sua mamãe, hein?

Das outras novidades, falarei em breve. Não deixe de nos visitar, porque estamos por aqui de mangas arregaçadas, cheios de vontade de fazer a diferença, de atender a todos da melhor forma possível e de ver cada vez mais pessoas fazendo Patchqork e Quilt. Afinal, o carinho de todos tem sido tão grande que não fazemos mais que a obrigação em retribuir.

Beijocas animadas a todos os amigos e seguidores
Eliana "Tia Lili" Zerbinatti 

Bordadinhos para o outono

Sexta-feira! Véspera de feriadão!! Já estou no aquecimento pra bordar muuuuito, ô delícia!!

Estou trabalhando em alguns projetos com aplicações e bordados, usando alguns tecidos novos que recebemos faz pouco tempo e com os quais vou montar um jogo de bolsas, com carteira e porta celular. E estou apaixonada pelos tons e desenhos, que tem o clima exato dessa época do ano onde o céu fica cinza, anunciando os dias mais frios tão convidativos aos trabalhos manuais. (São os importados da coleção Heart and Soul, disponíveis na loja virtual.)

Estou fazendo aplicações nas técnicas Needle Turn e Invisible Appliqué (sim, são diferentes), e também adornando com alguns pontos de bordado. Como não posso ficar muito tempo aqui em casa, no meu aconchegante cantinho de sofá, durante o tempo em que fico no atelie, entre o quilting de uma colcha e outra, estou montando alguns trabalhos para participar de uma exposição (logo falarei disso aqui). Claro que, como todos os quilters, gostaria que os dias fossem mais longos ou que eu pudesse ficar vinte e quatro horas com meus queridos paninhos.

Hoje, conforme prometi na nossa página do Facebook, estou postando alguns risquinhos de bordado. Vocês podem usar os pontos que quiserem ou que souberem fazer, assim como as linhas e cores de sua preferência. Se alguém não souber nenhum ponto, ou tiver alguma dúvida, basta deixar um recadinho que vamos ajudar no que pudermos.

Vamos montar uma pequena prendinha com sotaque francês, mas vocês terão que confiar em mim até a semana que vem, quando vamos mostrar o trabalhinho pronto e colocar as instruções de montagem. É um MQ, ou seja, um "Quilt Misterioso" (nesse caso não é um quilt, mas apenas um pincushion).

Cortem um quadradinho de 10,5 x 10,5 cm e risquem um dos desenhos no centro. Estamos oferecendo quatro risquinhos para que possam escolher um deles, ou para usarem posteriormente para montar mais dessas prendinhas ou até em outros trabalhos.

Para riscar, podem apenas colocar o tecido em cima e copiar com a ajuda de um lápis. Os tecidos que usamos são finos o suficiente para permitir que enxerguemos através dele. Usem um tecido branco ou creme, que até pode ser um Neutrinho Tom-tom (tom-tom são aqueles tecidos com estampa da mesma cor, tom sobre tom, ou seja, branco sobre branco, creme sobre creme). Podem usar também algodão acabado, que é aquele mais fino, já pré lavado.

Os riscos podem ser baixados aqui. Esta em arquivo PDF, então vocês precisam de um leitor PDF como este aqui. Quando imprimir lembrem-se de configurar a impressão para 100% e não para "alargar" os desenhos para toda a página, senão os risquinhos ficam muito grandes.

Bom trabalho, divirtam-se e não vão ter crises de urticária, hein?
Eliana "Tia Lili" Zerbinatti

Tecidos importados, gravação de programa, Ateliê cheio...

Nosso dia a dia aqui no Ateliê é cada vez mais intenso, mas a cada dia mais agradável. Nos habituamos a acordar mais cedo e noto, com alegria, que estamos sempre bem dispostos, eu diria mesmo, felizes em começar mais um dia de trabalho.

O ateliê está cada dia mais delicioso (estou me tornando repetitiva, mas é a mais pura verdade). Nem dá vontade de vir pra casa. Estamos colocando as cortinas (temos 14 janelas) e acrescentando alguns móveis novos, inclusive na sala onde já começamos a colocar as peças prontas para venda, feitas pelas alunas, por enquanto, mas em breve já estarão expostas também a nossa coleção de cama, mesa e banho, além de peças de decoração, às quais estou chamando de "Cozy Linen House".

Cozy Linen House é o nome perfeito, eu acho, porque a primeira coisa que pensamos ao vê-las é no quão são acolhedoras, fazendo a gente ter vontade de colocar uma linda mesa para um almoço, café da manhã ou chá da tarde, do jeitinho que fazíamos antigamente, com o serviço completo e com direito a guardanapo de pano e tudo o mais. A linha banho, então, é pra não querer mais sair do banheiro (pelo menos não antes de ficar enrrugadinho, como dizia o Philippe quando era pequeno e eu o chamava para sair do banho).

E lençóis, almofadas, colchas, cobre leitos, quilows... Muitas idéias de peças que decoram, mas que também são utilitárias, como cestinhos, sacolinhas de pão, capas de agendinhas e blocos, panôs, toalhas e caminhos de mesa. Toda linha tem aquele charme de antigamente, algumas que parecem saídas de alguma fazenda e outras "vintage", estilo tão na moda ultimamente.

Estamos usando e abusando dos bordadinhos e, claro, das nossas novas coleções de tecidos, nacionais e importados, que também já estão à venda na loja física e na virtual. Olhem só esses exemplos que colocamos na loja virtual:

 

 

Alguns tecidos importados estão com suas coleções completas num preço mais que especial: R$ 8,00 pelo corte a partir de 30 cm. Pedindo 3 unidades (90 cm) você ganha 10 cm, levando 1 m. Ou seja, o preço do metro do tecido importado sai por apenas R$ 24,00... Irresistível, não? (E sempre a cada 3 unidades você recebe 10 cm grátis, portanto ao pedir "6 unidades" você receberá 2 m e não apenas 180 cm.)

Mudando um pouco de assunto, na sexta-feira, dia 5 de novembro, nosso amigo Rogério vai estar aqui, a partir da 14h00, para a gravação de um passo a passo que vai ser exibido no seu programa, o Arte Brasil, em breve. Todos estão convidados a participar. Vamos ter vários sorteios, inclusive de uma máquina Janome. Eis mais um bom motivo para virem nos fazer uma visita.

Um grande beijo e até breve, com a continuação das nossas dicas sobre patchwork e quilting.
Eliana "Tia Lili" Zerbinatti

Duas coisinhas...

Acham estranho tingir tecidos coloridos? Não é não... Às vezes um tecido tem uma cor "assustada" demais e eu tinjo para que fique mais "queimado", mais adequado à composição com outros. Também tinjo as vezes algum tecidinho branco ou neutrinho, pra que fique mais parecido como tom de fundo dos estampados que estou usando. Já cheguei a tingir com café, quando o tom que eu precisava era mais pra marrom e até já misturei colorau ou açafrão, pra obter tons mais avermelhados ou amarelados. Essa alquimia de temperos, tanto pra tingir tecidos como para a preparação dos alimentos, me encanta demais.

Em tempo, neutrinhos são aqueles tecidos que não podemos deixar de ter, porque são usados em quase todos os trabalhos que fazemos e são os preferidos para os fundos de aplicação.

E por falar em coisas das quais gosto, tem gente que acha estranho quando digo que gosto de aplicar viés (né, Lidinha?), mas eu gosto mesmo. Acho relaxante, porque não é necessário ficar medindo os pontos pra que fiquem iguais e nem preciso colocar muita atenção. Querem ver como faço?

Lembrando que esse pontinho é o mesmo que chamamos de "Ponto Invisível", e que é o usado na técnica de aplicação chamada Needle Turn (Vira da Agulha), vamos ao PAP.

Pra pregar viés, que é necessário quando o contorno da peça em que vamos costurá-lo é arredondado (se for reto, pode ser um debrum cortado no fio reto mesmo), não tente puxar o viés para acompanhar o contorno côncavo, mas sim "traga" o contorno para que fique reto e acompanhe o viés. Se a curva for inversa, ou seja, for convexa, aí sim faça o viés acompanhar o traçado da curva.

Costure acompanhando a margem. Depois dobre o viés de formaque a borda chegue até a linha decostura.

Depois dobre novamente, dessa vez para o avesso, tomando o cuidado de não dobrar torto, para que não formem rugas.

Faça os pontinhos invisíveis, usando uma linha da mesma cor do viés. A agulha entra exatamente na direção de onde sai a linha, um pouquinho abaixo da dobra do viés e entra de forma horizontal.

Ao sair, a agulha deve "pegar" um tiquinhozinho do viés, o mínimo possível. E é só isso.

Eu vou "arrumando" um tantinho e coloco um alfinete. Quando chego nele, "arrumo" outro tanto e assim vou seguindo, até completar o "percurso".

A olho nú, fica "quase" impeceptível e muitas vezes é necessário olhar duas vezes, pra distinguir qual é o direito: 

  
E qual é o avesso:

Beijocas e até mais, quando voltamos a falar sobre quilting, dessa vez Hand Quilting. Obaaaaaa!!!
Eliana "Tia Lili" Zerbinatti

Quilting Livre

Free Motion Quilting, ou Quilting Livre, como chamamos aqui no Brasil, é um sonho para muitas das nossas quilteiras. Sim, um sonho, porque demoramos a nos sentir seguras para nos atrevermos a começar a brincadeira (deliciosa, diga-se de passagem).

O quilting reto é mais fácil no início, pois requer uma prática que já temos, que é aquela de apenas direcionar o trabalho, para que a máquina costure reto e na direção certa, exatamente como na costura de união dos retalhos.

Já o Quilting Livre requer prática, muita prática. Isso quer dizer que é difícil ou que levará anos para que consigamos? Não, de forma alguma. Apenas quer dizer que devemos praticar diariamente, por uns dez a quinze minutos, por apenas alguns dias, até poder quiltar um trabalho "oficial". O treinamento pode ser feito em pequenos sanduiches (de uns 40 x 50 cm, mais ou menos) e tem uma breve preparação psicológica...rs.

Procure uma posição confortável e lembre-se de que é apenas um treino. Não tensione os ombros e apenas deixe fluir, sem se importar com o resultado. Faça inicialmente movimentos em qualquer direção, apenas com o intuito de determinar a velocidade do movimento que faz com as mãos e a velocidade da máquina. A nossa tendencia é diminuir a velocidade da máquina de acordo com a velocidade das mãos (quando a máquina não tem controle de velocidade e essa é imposta ao pisar no pedal). Isso é um erro, pois a máquina deve estar em velocidade maior e as mãos em movimentos mais suaves. Máquinas que possuem controle de velocidade facilitam muito o aprendizado e o trabalho com um todo.

A relação entre essas duas velocidades (das mãos e da máquina) é que determina o tamanho dos pontos. Se você diminuir a velocidade da máquina e o movimento das mãos esta muito rápido, os pontos ficarão maiores, Se a velocidade da máquina esta muito alta e a do movimento das mãos esta baixa, os pontos ficarão pequenos demais. Esse primeiro treino, movendo o sanduíche em qualquer e em todas as direções, é apenas para que possa estabelecer um padrão de velocidades, para que você consiga uniformidade no tamanho dos pontos.

Depois de conseguir que os pontos fiquem com o mesmo tamanho, faça treinos de desenhos específicos, como o que simula o símbolo do infinito (um oito deitado), ondas em série para a direita e depois de certo tempo para a esquerda e assim por diante. É conveniente desenhar com um lápis sobre uma folha de papel o desenho que faremos a seguir, para que a mente "aprenda" o desenho e assim possamos ter o trabalho facilitado.

O desenho que mais agrada e que chamamos de "Caminho Sem Fim" deve ser feitos depois, porque é necessário ter certa prática, já que não estamos mais seguindo um desenho pré determinado e sim vamos ter que ir seguindo o trabalho ao mesmo tempo em que "improvisamos" o caminho, criando o desenho na hora, segundo o espaço que estamos trabalhando.

Ainda existem mais algumas dicas e truques sobre Quilting Livre e no próximo post falaremos sobre isso.

Bom trabalho e aproveitem!!!
Eliana "Tia Lili" Zerbinatti

Dica: "Quiltando" uma colcha (Parte III - Emendando a manta)

Quiltar é bom demais... Ainda mais quando a gente já não tem mais a insegurança e os receios iniciais. Mas pra isso é necessário enfrentar o bicho, que por mais que o engrandeçam, não tem sete cabeças. A gente tem que se colocar a caminho, arregaçar as mangas e começar, mesmo que com incertezas, mesmo que com medo, mesmo que devagar, fazendo tudo passo a passo. Afinal, ninguém nasce sabendo, não? Mesmo os experts no assunto começaram um dia e trilharam um caminho que é possível a quem igualmente queira trilhar e se dedique a tanto.

Não se preocupe se está certo ou errado, nem se está fazendo a técnica correta. Se todo mundo seguisse as regras, não teríamos uma variedade tão grande de técnicas, pois cada pessoa tem seu jeito de fazer, a maneira e os instrumentos aos quais melhor se adapta. O meu jeito é o melhor pra mim, mas isso não significa que o de outra pessoa é errado. O importante, afinal, é o resultado e isso só tem um único segredo que é inerente a todos que alcançam excelencia no que fazem: capricho. E o significado dessa palavra é a união do carinho com o cuidado.

Prometi que falaríamos sobre como emendar a manta, quando o trabalho for maior que a largura dela (1,50 m). Eu tenho o meu método, que consiste em "abrir" as camadas ao longo da borda nas duas partes que vou emendar. Daí corto uma dessas camadas, mas não muito (apenas 1 a 1,5 cm) por toda a extensão. Faço o mesmo com a outra parte e sobreponho as duas. O que acontece é que quando as duas estão sobrepostas ficam com a mesma espessura do restante. Aí é só fazer um alinhavo á mão e pronto.

Mas existem várias maneiras de fazer essa emenda. Há quem coloque as duas partes lado a lado e faça uma costura que pode ser á mão ou á máquina, no ponto zig-zag, que "pega" um ponto cá e outro lá. E há quem apenas sobreponha, sem maiores cuidados (essa forma é para quem vai fazer o quilting por todos os espaços da colcha e esse quilting é que se encarregará de manter tudo no lugar).

Na hora de começar efetivamente o trabalho, alguns cuidados são imprescindíveis. O primeiro é estabelecer de antemão o projeto do quilting. Se for um trabalho de iniciante, uma ótima opção é quiltar no eco, ou seja, faça o quilting a 0,75 cm das linhas de costura, ao redor das figuras dos blocos, por exemplo. Pra conseguir isso, basta fazer com que a lateral do pézinho siga as linhas de costura, da mesma forma que fazemos para costurar. Dá sempre certo e o efeito é bem legal, já que "levanta" a forma que está contornada, ressaltando-a. Fica ótimo nos trabalhos "Sampler".

É possível fazer o quilting e colocar o debrum ao redor e, depois de um tempo, voltar ao trabalho e quiltar livremete em alguns espaços ou sobre a colcha toda. Isso dará tempo pra que possa adiquirir experiencia.

Também é possível misturar quilting à mão e à máquina em um único trabalho. Eu gosto de quiltar à mão ao redor das aplicações e depois fazer o quilting livre à máquina nos espaços em torno.

O projeto do quilting é prerrogativa de quem o faz, ou seja, não há regras que determinem que se faça assim ou assado. Faz parte da criação e depende da criatividade e da vontade de seu designer (e, eu diria, do grau de experiência de seu executor).

Depois disso, prazer, puro prazer, acreditem!!

Vá bem devagar. Sem pressa de chegar à próxima esquina e sem cara feia pra virar o trabalho todo por dentro do braço da máquina e enrolar tudo outra vez. Sim, é necessário enrolar um lado do trabalho, muito bem enrolado, pacientemente, por toda extensão da colcha, para que caiba no espaço entre o braço da máquina e a base e assim possa passar por ele livremente, sem emperrar a costura.

Eu sempre digo às minhas alunas que o importante é manter aquela parte que está sendo quiltada arrumadinha. Não importa o restante. Aquele pedaço que está sobre a base da máquina precisa estar levemente esticado, e pronto para deslizar suavemente a medida que a máquina vá puxando. As mãos devem se manter abertas sobre essa parte, como que emoldurando a região e também devem ajudar a conduzir o trabalho.

A parte do trabalho que fica em nosso colo não pode estar pesada, porque dessa forma a máquina não teria força para puxá-la e isso faria com que os pontos ficassem muito pequenos. A regularidade do tamanho do ponto pode ser conseguida se o trabalho ficar sobre as pernas ou até mesmo levemente elevadas e apoiadas no peito, facilitando a condução para cima.

E a máquina pode ser colocada sobre uma mesa, no canto direito, de forma que a colcha possa ser acomodada sobre ela à medida que o trabalho vá progredindo. Se sua máquina não é do tipo portátil, afaste o móvel da parede, para que a colcha possa "cair" atrás e não atrapalhar o trabalho.

Bem... ainda há muito que dizer e na próxima falaremos mais sobre as várias formas de quilting, como o Stitch In the Ditch e sobre como riscar o trabalho e usar stênceis.

Ainda teremos tópicos sobre Hand Quilting e Free Motion Quilting e sobre ferramentas e utensilios que facilitam o trabalho de quiltar.

Beijos,
Eliana "Tia Lili" Zerbinatti

Dica: "Quiltando" uma colcha (Parte II - Montando rapidamente o sanduíche)

O Quilting foi inventado para fazer com que as três partes que compõem o sanduíche permaneçam unidas todo o tempo, inclusive depois de lavado, conservando a forma do trabalho. Se apenas amarrarmos um fio ou uma tirinha de tecido aqui e ali, já cumpre o propósito e existe até um nome para essa técnica, que é Tie Die (que quer dizer amarrado, como na técnica de tingimento de tecidos).

Com o passar do tempo as "quilteiras" foram observando que o quilting também decortava e embelezava e foram então criando padões de desenhos cada vez mais elaborados, fazendo dessa técnica um aliado valioso que agrega muito valor ao trabalho.

Mas às vezes não temos tanto tempo quanto gostaríamos, então, se o projeto não for muito grande, podemos montar o sanduíche de uma forma mais simples, que não necessitará de debrum de acabamento.

Para essa forma de montar o sanduíche basta colocar o topo sobre o forro, direito com direito, e cortar exatamente do mesmo tamanho, sem deixar sobras ao redor. Depois colocar ambos sobre a manta, com o topo virado para baixo e cortar a manta, também sem sobras.

Nesse caso alfinetar, mesmo que com alfinetes comuns, dá muito bom resultado, mas é usar muitos alfinetes, principalmente ao redor. Depois disso é só costurar ao redor, abrir um pequeno trecho e revirar para o direito.

Antes de fazer o quilting é recomendável que se faça uma costura ao redor, e depois tornar a alfinetar ou a alinhavar o trabalho.

Esse tipo de sanduíche fica mais bonito se colocamos uma borda média ou estreita ao redor, que dará uma melhor impressão de acabamento.

Outras vezes, como para algum tipo de montagem de bolsas, fazemos o quilting apenas colocando o topo sobre a manta, pois o forro solto possibilita que não seja necessário "esconder" a costura de união nas laterais e fundo, além de, dessa forma, podermos colocar bolsos sem maiores cuidados.

Também podemos escolher a manta ideal para cada tipo de trabalho, levando em consideração o uso que esse vai ter quando pronto. Para as bolsas podemos usar a Manta Estruturada, que é uma manta acrílica mais resinada que a normal e portanto deixará o corpo da mesma mais firme. Também podemos usar o Forrobel, que é ainda mais estruturado e dá um aspecto mais profissional. A Manta Estruturada também pode ser usada para caminhos e toalhas de mesa, assim como para jogos americanos.

Para colchas e mantas existem as Mantas Acrílicas, em várias espessuras, mas deve-se observar que sejam mesmo as mantas desenvolvidas para patchwork, pois existem mantas chamadas "soft" que não são resinadas e produzem um efeito conhecido como "Bearding", que significa que os fios sairão pelos orifícios e "poros" do tecido, como se nascessem fios de barba. Uso essas Mantas Acrílicas não soft para almofadas e aventais.

Eu prefiro usar as mantas Feltrinho, que são feitas de algodão e possuem duas espessuras (100 g ou 150 g). O tecido fica mais estável em contato com essa manta, o trabalho de quilting fica mais fácil e o toque e aspecto do trabalho finalizado também são mais agradáveis.

No próximo post veremos como fazer emendas em mantas (quando a clocha for mais larga) e como proceder na hora de quiltar projetos grandes.

Beijos
Eliana "Tia Lili" Zerbinatti